Júpiter é o maior planeta do nosso Sistema Solar, tanto em diâmetro como em massa, e é o quinto mais próximo do Sol. É um planeta gasoso, composto principalmente por hidrogênio e hélio.
Um novo estudo, publicado na revista Nature Astronomy, identificou que no ado, Júpiter era duas vezes maior do que hoje e tinha um campo magnético 50 vezes mais forte, ajudando a moldar o Sistema Solar através do seu papel crucial na formação das trajetórias orbitais de outros planetas e na formação do disco de gás e poeira a partir do qual se formaram.
Conhecer como foi a evolução inicial de Júpiter nos ajuda a entender como o nosso sistema solar se desenvolveu. E segundo tal estudo, a gravidade deste gigante gasoso, frequentemente chamada de "arquiteta" do sistema solar, teve um papel fundamental na formação das trajetórias orbitais de outros planetas e na formação do disco de gás e poeira a partir do qual se formaram.
Neste estudo, os autores fornecem uma visão detalhada do estado primordial de Júpiter, e chegaram a isso estudando a dinâmica orbital das pequenas luas de Júpiter, Amalteia e Tebe, que orbitam ainda mais perto de Júpiter do que Io, a menor e mais próxima das quatro grandes luas do planeta. Também analisaram a conservação do momento angular do planeta.
As análises mostraram que cerca de 3,8 milhões de anos após a formação dos primeiros sólidos do sistema solar, Júpiter era significativamente maior e tinha um campo magnético ainda mais forte do que hoje. Este era um período importante da nossa história, em que o disco de material ao redor do Sol estava se dissipando.
Como as luas Amalteia e Tebe têm órbitas ligeiramente inclinadas, os autores analisaram essas pequenas discrepâncias orbitais para calcular o tamanho original de Júpiter no ado, e descobriram que ele tinha aproximadamente o dobro do seu raio atual e com um volume previsto equivalente a mais de 2.000 Terras. Além disso, os pesquisadores encontraram que o campo magnético de Júpiter naquela época era cerca de 50 vezes mais forte do que é hoje.
Esse estudo fornece uma visão clara de Júpiter no momento em que a nebulosa solar circundante evaporou, um ponto de transição fundamental quando a formação planetária cessou e a ‘arquitetura’ primordial do sistema solar foi consolidada.
Batygin destaca que, embora os primeiros momentos de Júpiter permanecem ainda obscuros pela incerteza, este estudo esclarece uma visão importante do desenvolvimento do planeta. "O que estabelecemos aqui é uma referência valiosa. Um ponto a partir do qual podemos reconstruir com mais confiança a evolução do nosso sistema solar”, disse ele.
Jupiter was formerly twice its current size and had a much stronger magnetic field, study says. 20 de maio, 2025. Lori Dajose.
Júpiter já foi duas vezes maior e ajudou a moldar o Sistema Solar, diz estudo. 21 de maio, 2025. Flavia Correia.
Determination of Jupiter’s primordial physical state. 20 de maio, 2025. Konstantin Batygin e Fred C. Adams.