A Amazônia brasileira é um dos maiores e mais ricos biomas do planeta, abrigando uma biodiversidade incomparável e ecossistemas que são fundamentais para o equilíbrio ambiental global. Seus parques nacionais desempenham um papel crucial na preservação da fauna e flora local, além de oferecerem oportunidades únicas para a pesquisa científica e o ecoturismo sustentável.
Com mais de 20 unidades de conservação dessa categoria espalhadas pela região, esses parques não apenas protegem a natureza, mas também contribuem para o estudo e compreensão dos processos ecológicos da maior floresta tropical do mundo.
Além disso, muitos desses parques são habitat de comunidades indígenas e tradicionais, que preservam o conhecimento ancestral sobre o meio ambiente e suas práticas sustentáveis. Em um cenário de crescente pressão para a exploração de recursos naturais, esses espaços se tornam ainda mais essenciais para garantir a continuidade da rica diversidade biológica e cultural da Amazônia Entre eles, seis parques nacionais se destacam pela importância ecológica e pelas oportunidades que oferecem para a conservação e o ecoturismo.
Criado em 1974, com mais de 1 milhão de hectares no Pará, o Parque Nacional da Amazônia é um corredor ecológico entre os rios Tapajós e Madeira. A área abriga diversas espécies ameaçadas, como a onça-pintada e o gato-maracajá, além de importantes grupos indígenas isolados e sítios arqueológicos. Esse parque se destaca pela sua relevância para a preservação de um ecossistema único da floresta amazônica.
Localizado em Rondônia e criado em 1979, o Parque de Pacaás Novos cobre mais de 700 mil hectares. Ele protege o território dos indígenas Uru-Eu-Wau-Wau e Uru-pa-in, além de oferecer um ambiente para pesquisa científica sobre a fauna e flora da região. O nome do parque tem origem nos seringueiros que habitavam a área e se deparavam com a grande quantidade de pacas na região.
Fundado em 2001, no estado de Rondônia, o Parque Nacional Serra da Cutia cobre 283.611 hectares e visa preservar amostras dos ecossistemas amazônicos. Além de ser uma área protegida para espécies de fauna e flora locais, o parque é um destino para o ecoturismo e pesquisa científica, gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Situado na fronteira com a Venezuela, no estado do Amazonas, o Parque Nacional do Pico da Neblina foi criado em 1979. Ele abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 2.995 metros de altitude. A área é restrita ao turismo, sendo necessária autorização do ICMBio para visitação. O parque também se localiza dentro da Terra Indígena Yanomami, povo que chama o pico de Yaripo.
Criado em 1998, no estado de Roraima, o Parque Nacional Serra da Mocidade possui 350.960 hectares. A região foi palco de atividades extrativistas até os anos 1980. O parque recebe esse nome devido às dificuldades de o às montanhas da região, que eram superadas apenas pelos mais jovens, os "da mocidade". A área é essencial para a preservação de várias espécies da flora e fauna amazônicas.
No Acre, o Parque Nacional da Serra do Divisor foi criado em 1989 e ocupa 837 mil hectares. Localizado na fronteira com o Peru, o parque é rico em biodiversidade, abrigando uma grande variedade de pássaros, borboletas e árvores endêmicas, além de belas cachoeiras. Seu ecossistema intacto atrai atenção internacional, sendo um dos mais importantes pontos de preservação no extremo ocidental do Brasil.
Esses parques desempenham papel crucial na conservação da Amazônia, oferecendo oportunidades de pesquisa e turismo sustentável, além de protegerem importantes culturas indígenas e vastos ecossistemas.
Portal Amazônia. 6 parques nacionais na Amazônia que são fontes de pesquisa e ecoturismo. 2025