Tempestade tropical Alex inaugura temporada causando muita destruição
Alex se intensificou e quase atingiu a força de um furacão neste domingo (05), com ventos de 112 km/h, conforme se aproximava da Ilha de Bermudas.
Alex acaba de se tornar a primeira tempestade tropical da temporada de 2022 no Oceano Atlântico. Embora tenha enfraquecido ligeiramente, a tempestade inaugurou o ano com força, se intensificando e quase se tornando um furacão neste domingo (05), com ventos de 112 km/h.
Alex começou como um sistema indefinido neste Sábado (04), formando-se próximo à península da Flórida, posteriormente causando grande destruição em Cuba. Foram registrados alagamentos abrangentes em Havana, que causaram a morte de três pessoas em Pinar del Rio. O tráfego foi interrompido pelas águas, edifícios foram danificados e a distribuição de energia foi cortada em boa parte do país.
De acordo com o Instituto Cubano de Meteorologia, mais de 30 locais registraram volumes de chuva superiores a 100 mm no centro e ao oeste do país. O sistema se intensificou ao longo do domingo e conseguiu causar tempestades severas e inundações também no Sul da Flórida, depositando cerca de 180 mm de chuva sobre Kendall, 230 mm em Hollywood e altíssimos 280 mm de chuva sobre o centro de Miami.
As the sun rose over the Atlantic this morning, #GOESEast captured imagery of #TropicalStormAlex.#Alex is ing near Bermuda today, and tropical storm conditions are expected on the island through this afternoon.
— NOAA Satellites (@NOAASatellites) June 6, 2022
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Preparando-se para a tempestade, a istração das Ilhas de Bermudas fechou escolas, empresas e agências governamentais, além de emitir um alerta para chuvas de 50 mm e ondas de 6 metros nas áreas costeiras. Foram reportadas quase 1000 pessoas sem energia e pelo menos três vôos da American Airlines cancelados. Há equipes removendo árvores derrubadas pelas fortes rajadas de vento em estradas da Ilha.
Furacões intensos mais numerosos na temporada 2022
De acordo com a NOAA, o número médio de furacões registrados no Atlântico por temporada é de 14 tempestades nomeadas, 7 furacões e 3 grandes furacões. Para este ano, no entanto, as condições de La Niña ao leste do Pacífico e as temperaturas da superfície do mar mais quentes do que o normal na bacia do Atlântico podem levar a uma temporada mais intensa.
Especialistas da Colorado State University sugerem a possibilidade de ao menos 20 tempestades nomeadas, 10 furacões e metade desses furacões atingindo alta intensidade, com categoria três na escala de ventos de furacões Saffir-Simpson. Se as previsões se concretizarem, esta será a sétima temporada de furacões consecutiva acima da média.