De acordo com um estudo recente da Comissão Europeia, os carros híbridos são 3,5 vezes mais poluentes do que os fabricantes afirmam. A razão pode estar nos hábitos de condução dos motoristas.
A partir de 1 de janeiro de 2021, todos os veículos novos vendidos na Europa deveriam estar equipados com um indicador de consumo de energia. Este dispositivo mede o volume de combustível queimado, independentemente de o veículo estar equipado com motor a gasolina, a diesel ou híbrido.
Isto permitiu à Comissão Europeia estudar as emissões reais de dióxido de carbono (CO2) dos veículos híbridos e compará-las com os dados teóricos fornecidos pelos fabricantes. Infelizmente, os dados obtidos não são nada favoráveis para os veículos em questão que, de fato, poluem muito mais do que inicialmente esperado.
Acontece que os híbridos recarregáveis emitem 3,5 vezes mais CO2 do que os fabricantes afirmam. A teoria era que este tipo de veículo teria um consumo médio de cerca de 1,69 litros/100km segundo os dados dos fabricantes, mas os dados reais mostram um consumo médio de 5,94 litros/100km!
Selon un récent rapport de la Commission européenne les #hybrides rechargeables consomment presque 4 fois plus en vrai ️
— Emmanuel PLOTON (@EmmanuelPLOTON) April 6, 2024
️ 4,25 l/100 km de plus (soit, 252 %) que ce quannoncent les constructeur.#voiture https://t.co/SJLnRpw9b5
Isso significa que a poluição emitida por esse tipo de veículo também é muito superior ao esperado. Na verdade, o consumo médio de combustível anunciado pelos fabricantes equivaleria a liberar 39,6 g de CO2 na atmosfera, mas o valor real é de 139,4 g de CO2 por cada quilômetro rodado.
O relatório da Comissão Europeia para explicar tal diferença entre os números anunciados e os reais aponta para os hábitos de condução dos proprietários de veículos híbridos. Na verdade, eles não usam esses híbridos em modo elétrico com a frequência que poderiam.
Por outro lado, os testes realizados pelos fabricantes para avaliar o consumo médio de combustível deste tipo de veículos são realizados em condições óptimas e com equipamentos optimizados, o que, segundo este relatório, explica a importante diferença entre os valores teóricos e os reais.
Os motoristas de veículos híbridos tendem a fazer muito mais viagens de média e longa distância em estradas estaduais ou nacionais, onde o motor de combustão interna desses veículos é muito mais utilizado do que na cidade em baixa velocidade, onde o motor elétrico assume o controle.
No entanto, a Comissão Europeia alterou o cálculo do fator de utilidade, que corresponde à proporção de quilômetros percorridos com o motor elétrico em comparação com os percorridos com o motor de combustão interna, para o aproximar o mais possível das condições reais. Estas alterações serão aplicadas a partir de 2025, pelo que os números de poluição deste tipo de veículos deverão mudar.