A inteligência artificial (IA) está transformando rapidamente o mundo, marcando um antes e um depois na história da tecnologia. Com 2025 quase chegando, estão surgindo novas tendências e desafios que prometem redefinir os limites da IA e o seu impacto na nossa sociedade.
Francisco Herrera Triguero, professor de Ciência da Computação e Inteligência Artificial da Universidade de Granada, detalhou em uma nota de opinião no The Conversation os avanços mais notáveis que virão, como a implementação de modelos híbridos de algoritmo humano, como o “Centaur AI Model”, que incorporam o delicado equilíbrio entre a autonomia da máquina e o controle humano.
A IA emergiu como uma ferramenta crucial para enfrentar alguns dos maiores desafios científicos do nosso tempo.
Um exemplo icônico é o AlphaFold, ferramenta que ganhou o Prêmio Nobel em 2024 por determinar a estrutura tridimensional de 200 milhões de proteínas conhecidas. Esta conquista representa um marco na biologia molecular e na medicina, abrindo caminho para a concepção de novos medicamentos e tratamentos. O seu o gratuito facilitará a adoção generalizada desta tecnologia até 2025, acelerando o progresso na biomedicina.
Por outro lado, o ClimateNet, que utiliza redes neurais para analisar dados climáticos massivos, promete ser uma ferramenta indispensável para prever fenômenos meteorológicos extremos com maior precisão. Em um contexto de aquecimento global, a utilização do ClimateNet em 2025 poderá fazer a diferença no planejamento e mitigação de desastres naturais.
Os campos da medicina e da justiça representam os maiores desafios para a aplicação da IA devido ao seu impacto direto na vida e nos direitos das pessoas. É aí que surge o conceito do “doctor centaur”, ou "doutor centauro" na tradução livre, um modelo híbrido que combina a capacidade analítica das máquinas com a intuição humana. Esta abordagem garante que a tomada de decisões críticas, como diagnósticos médicos ou decisões judiciais, permaneça em mãos humanas, com a IA funcionando como um e que aumenta a precisão e reduz erros.
O desenvolvimento destes sistemas exige garantir a confiança dos utilizadores através da transparência e da proteção dos direitos individuais. A IA deve ser uma ferramenta e não um substituto do julgamento humano.
Grandes empresas de tecnologia como OpenAI, Meta, Google e Anthropic estão trabalhando duro para desenvolver agentes autônomos de IA que possam tomar decisões em tarefas de baixo risco. Essas ferramentas prometem simplificar o nosso dia a dia, desde a compra de agem de transporte até o gerenciamento de agendas ou resposta a e-mails.
Nesta corrida destacam-se iniciativas como AgentGPT da OpenAI, o Gemini 2.0 da Google e as versões Haiku e Sonnet da Anthropic. Este último modelo, capaz de operar um computador de forma autônoma, abre novas possibilidades de automatização de tarefas pessoais e profissionais, transformando a forma como interagimos com a tecnologia.
O ano de 2025 também marcará a expansão dos Small Language Models (SLM), sistemas compactos e eficientes que podem ser instalados em dispositivos móveis. Esses modelos prometem personalizar a experiência do usuário, desde assistentes mais inteligentes para gerenciamento de tarefas até ferramentas íveis de aprendizagem e diagnóstico para comunidades desfavorecidas.
O seu baixo custo e o respeito pela privacidade os tornam ideais em uma ampla gama de aplicações, desde a educação até à saúde.
Em 2025, a IA continuará nos desafiando a pensar sobre como integrar a tecnologia nas nossas vidas quotidianas sem perder de vista o controle humano e a ética.
O caminho para uma IA confiável e responsável está repleto de oportunidades e também de dilemas, mas com uma governação adequada, poderemos estar à beira de uma nova era de colaboração homem-máquina.
Lo que nos espera de la inteligencia artificial en 2025. 17 de dezembro, 2024. Francisco Herrera Triguero.