Alerta de tsunami! Ação precoce é vital para proteger as pessoas

Tsunamis são fenômenos que causam muitas mortes e catástrofes, por isso é importante uma ação precoce para prevenir e evitar que essa ameaça se torne um desastre.

tsunami japão
O tsunami é uma série de subidas e descidas no nível do mar em intervalos entre 5 e 90 min. O maior risco é para áreas localizadas até 30 metros acima do nível do mar e a menos de 2 km da costa. Imagem: Tsunami Fukushima, Japão 2011.

Os tsunamis causaram muitos infortúnios após sua agem, como o ocorrido em 2004 no Sudeste Asiático, que afetou 14 países, deixou mais de 227 mil mortos e até varreu algumas cidades do mapa.

Para saber o que fazer diante de um fenômeno natural desse tipo, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 5 de novembro como o Dia Mundial de Conscientização sobre Tsunamis, com o objetivo de reduzir os riscos de desastres causados por esse fenômeno e contar com sistemas de alerta que protejam a vida das pessoas.

Por que foi criado em 5 de novembro?

A ideia de criar este dia nasceu de uma proposta do Japão, país que foi afetado por vários tsunamis. A escolha do dia 5 de novembro se deve a uma história japonesa chamada “Inamura no hi: The Burning Rice Firlds” (Fogo dos feixes de arroz).

A história se a no ano de 1854, onde um aldeão, Goryo Hamaguchi, notou que a maré estava baixando bruscamente e começou a queimar toda a sua colheita para alertar o resto dos aldeões a fugir para um terreno mais alto.

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Com o fim do desastre e com uma aldeia perturbada com a perda de familiares e meios de subsistência, muitos aldeões queriam se mudar para outro lugar. Para evitar que isso acontecesse, Goryo construiu um aterro ao longo da praia. Ao fim de quatro anos concluíram o trabalho de plantação de pinheiros e árvores na costa.

Em 1946 veio outro tsunami, mas desta vez foram protegidos pelo talude e as enormes ondas não atingiram a aldeia. O aterro de Hiromura continua a proteger a aldeia de Hirowawa-cho até hoje.

História dos tsunamis no mundo

A história nos deixou grandes tsunamis no mundo, desde 1960. Cada um deles teve uma relevância e magnitude importantes, principalmente em termos de feridos, mortos e danos materiais.

Nos últimos cem anos, houve pelo menos 58 tsunamis que mataram mais de 260.000 pessoas, superando qualquer outro desastre natural.

A maior foi a que ocorreu no Sudeste Asiático em 2004, afetando principalmente Indonésia, Sri Lanka, Índia e Tailândia. Outro país atingido por tsunamis é o Chile, onde em 27 de fevereiro de 2010 houve ondas de até 29 metros como resultado de um terremoto de magnitude 8.8 graus. Mais de 200 pessoas morreram e houve danos materiais consideráveis. O tsunami devastador que se seguiu ao terremoto de 9° no Japão em 2011 também é lembrado.

Os tsunamis não conhecem fronteiras, por isso a prevenção se torna um eixo fundamental na comunidade para fomentar uma cultura de prevenção diante de qualquer evento adverso que possa surgir.

O que é um tsunami?

A palavra é formada pelas palavras japonesas “tsu” (porto) e “nami” (onda). Um tsunami é uma série de ondas gigantescas produzidas por uma perturbação submarina, geralmente associada a terremotos que ocorrem no fundo do oceano ou perto dele.

Esses fenômenos também podem ser causados por erupções vulcânicas, deslizamentos de terra subaquáticos, assim como quedas de rochas costeiras ou o impacto de um grande meteorito no oceano.

As ondas do tsunami geralmente se assemelham a paredes de água e podem chegar à praia e ser perigosas por horas. O tempo decorrido entre uma onda e outra pode variar de cinco minutos a uma hora.